segunda-feira, 10 de maio de 2010

Os celulares

Toda grande data do ano é a mesma coisa: um dos presentes mais requisitados por pais, mães, namorados, é o celular! As pessoas compram celulares a toda hora e trocam de celular como quem troca de roupa.
Às vezes, eu fico me perguntando o porquê disso, o que fazer com tantos celulares e tantos números... Será que as pessoas querem mesmo ser localizadas o tempo inteiro? Eu não tenho essa neura, nem fico olhando para o celular de cinco em cinco minutos para saber se recebi algum telefonema. Na verdade, na maioria das vezes, eu perco as ligações e isso acontece por absoluta falta de conexão com essa coisa da conectividade.

Algumas avaliações de especialistas dão conta de que os celulares têm tido uma vida útil cada vez menor. Mas, por que mesmo que você precisa trocar de celular toda hora?
Apesar de muita gente trocar de celular para mostrar status, para " tirar onda" mesmo, por que não manter o mesmo celular enquanto ele estiver funcionando? A bateria está ok? O celular não está quebrado? Está funcionando direitinho? Te atende?

Acho que é fundamental que tenhamos em mente que muito consumo gera muito lixo, que a gente não tem onde enfiar (hoje, já, agora) tanto lixo tecnológico... Se o problema é a bateria, considere o custo/benefício de trocá-la e descartá-la adequadamente, em postos de coleta. Têm muitos por aí... Aliás, as lojas de celulares têm obrigação de receber as baterias e os celulares antigos.
De fato, os celulares trouxeram muita comodidade às nossas vidas, mas eles utilizam de derivados de petróleo (porque são na sua maioria de plástico) e metais pesados nas suas bateriais. Então, quanto mais produzimos e consumimos, mais poluimos... simples assim.

Mas, se a questão é a responsabilidade social, alguém pode argumentar que as fábricas de celulares oferecem emprego a muita gente. E o que dizer das empresas que se utilizam de mão de obra muito barata em países em desenvolvimento para produzí-los? ... não estamos incentivando um tipo de escravidão se aceitamos que pessoas trabalhem numa jornada de 16 horas/dia?

Para que façamos valer o aparelhinho que tanto nos ajuda no nosso cotidiano, temos que pensar que a conta é outra: o custo de um aparelhinho não é só o que pagamos por ele, mas o custo de fabricação, o custo social e o custo ambiental, ok? Use o seu gadget até o final, a humanidade agradece.

Um comentário:

  1. Vivemos na era do descartável, do consumismo desenfreado. O que conta é o status; a natureza pouco importa. O futuro... deixa acontecer!
    Total irracionalidade.
    Très triste!
    ;)

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