domingo, 25 de outubro de 2009

Reciclagens e excessos

Enquanto está todo mundo aqui no Brasil preocupado com os excessos no consumo (pelo menos, eu acredito que a maioria esteja), lá nos Estados Unidos da América, onde estive na semana retrasada, eles estão preocupados em consumir, em gastar.

Gastam com tudo, consomem aos montes e isso se reflete neles mesmos, uma população que está bem acima do peso. A maioria das pessoas é grandalhona, principalmente os locais. Bem que se vê que os tamanhos mais reduzidos são dos estrangeiros.

Numa das viagens de avião que fizemos naquela semana (foi um absurda a quantidade de CO2 que ajudamos a emitir), optamos por tomar o café da manhã no aeroporto. E ao chegar lá, nos demos conta de que não havia muita opção... acabamos no McDonald's. O café da manhã do Mc Donald's de lá é uma coisa pavorosa de tanta gordura. É uma quantidade absurda de comida, um exagero o tamanho das embalagens, papel à beça, enfim, uma coisa que revolta quem não precisa daquilo tudo.

Eu, que costumo comer só o básico pela manhã, à medida que consumia no mesmo ritmo, ia me sentindo uma balofa. Tanto que entrei numa dieta rigorosa quando cheguei no Brasil e acho que, aos poucos, comecei a voltar a velha forma de antes.

Numa das lojas em que estive comprando bonés, disse ao vendedor que não precisava do saquinho, pois já tinha um. Vocês precisavam ver a cara de espanto do cidadão. Era algo quase que impossível de se ver acontecer por lá. É tanto saquinho que precisa de um compartimento na mala só pra eles. Por que não vender ecobags?

Quando é que eles vão entender o tamanho do problema? Quando é que eles vão compreender que isso afeta a eles mesmos, principalmente?

Bom, nem tudo está perdido. A turma da instituição com a qual nos reunimos nos contou que, recentemente, eles passaram por uma competição, voltada para reeducação alimentar, com o auxílio de nutricionistas, e acabaram perdendo muitos quilos. Estão todos bem mais saudáveis. Quem sabe essa onda não se espanha por lá como se espalhou por aqui, né?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A união faz a força

Henrique Andrade Camardo, do Mercado Ético*

Vinhedos em Bento Gonçalves, cidade localizada na região de Serra Gaúcha

.O céu era azul brigadeiro. O frio cantado por Djavan, aquele que vem lá do Sul, deve ter ficado ainda mais para baixo do mapa. Nem parecia inverno ali naquela terra que já foi beijada pela neve em invernos passados. Vestígios da estação só eram denunciados pelas parreiras secas no Vale dos Vinhedos. Como me explicou um morador local, as plantas estavam descansando para produzirem as uvas dos vinhos agora finos da região.

De qualquer forma, a sensação era de verão em Bento Gonçalves, cidade localizada no pólo industrial da Serra Gaúcha, a uma hora e meia da capital Porto Alegre. Com exceção de duas ou três pessoas que ignoravam as altas temperaturas daquela sexta-feira (28/8), todos estavam de mangas curtas.

Mas não era hora de passear. Logo de manhã, quando cheguei ao município, tive uma reunião com Tatiane Merlo e Fabiane Locatelli. Elas são coordenadora do Centro de Competência e diretora da Fundação Proamb, respectivamente. Em nossa conversa, as duas me explicariam sobre a história e trabalhos desenvolvidos pela instituição. Aliás, esse era o principal motivo da Fundação ter me convidado para passar dois dias em Bento.

Foram horas de bate-papo com Locatelli e Merlo. Mas o que realmente chamou minha atenção foi a história de como tudo aquilo teve início.

Imagine empresários sofrendo pressão de uma agência ambiental - no caso a FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental do RS) - para que a legislação ambiental fosse cumprida. Havia ameaças de multas e de fechamento de fábricas. Em outras palavras, o recém-criado órgão do estado estava fazendo o seu trabalho.

Diante do cenário, um grupo de 31 empresários se uniu e criou a Fundação Proamb. O primeiro objetivo era solucionar a questão dos resíduos sólidos de suas fábricas, evitando assim ações mais severas da FEPAM.

O aterro

A resposta viria de uma viagem feita à Alemanha, de onde foi importada a técnica de armazenagem de resíduos industriais.

Em visita ao aterro, pude ver como isso funcionava. A grosso modo, cava-se um piscinão no chão com profundidade que vai de cinco a oito metros e extensão de até 50 metros. As paredes do buraco são cobertas com camadas de um plástico especial, chamado membrana geológica, e um tecido isolante. São eles que impedem o contágio pelo lixo industrial, que é dividido em duas classes: I, que é tóxico e pode contaminar o solo; e o II, que não oferece risco, mas ainda não conta com tecnologia de reciclagem. Quando o depósito se enche, é feito o seu “envelopamento”: cobre-se o lixo com uma camada grossa de concreto.

Vista aérea do aterro sanitário da Proamb

A escolha por esse tipo de aterro foi feita devido ao seu custo-benefício. Mas mesmo com a união de 31 companhias, o custo de um milhão de dólares ainda estava acima das possibilidades da fundação.

Foi então que o grupo decidiu passar o chapéu. Outras 16 empresas que enfrentavam o mesmo problema foram convidadas a participar da iniciativa. Com os novos integrantes, o projeto começou a sair do papel e foi inaugurado em 1999.

Marcio Chiaramonte, presidente da Proamb, ressalta que essa não é a única solução para o problema do lixo industrial. “Mas essa é sim uma solução e foi a que se tornou possível para nós”, diz. “Não fazemos isso porque somos bonzinhos. Claro que estamos preocupados com as questões ambientais, mas a verdade é que esse aterro rende muito dinheiro”, afirma.

Isso não significa exatamente lucro, até porque a Proamb é uma entidade sem fins lucrativos. Como Fabiane Locatelli ressalta, o que a entidade ganha acaba sendo reinvestido em sua própria atividade. O que Chiaramonte quis dizer é que, se as empresas não derem um fim adequado ao lixo, receberão multas severas e, por fim, acabarão perdendo dinheiro.

O fim do lixo?

Lixo armazenado no aterro sanitário da Proamb. Ali ficam armazenados resíduos de classe I e II

Um segundo ponto que me chamou a atenção foi o fato de que o encaminhamento de lixo para o aterro da Proamb vem diminuindo cada vez mais. Para se ter uma idéia, o projeto previa o atendimento a 44 empresas por um período de 20 anos. Hoje, atende-se mais de 500 e a previsão de funcionamento é de 25 anos.

Como assim?

“Desenvolvemos serviços que, aparentemente, estão matando o nosso negócio”, brinca Marcio Chiaramonte. Ele explica que a diminuição do lixo enviado ao aterro se deve ao serviço de consultoria ambiental. Basicamente, diminuíram os desperdícios.

“Estávamos recebendo papelão sujo de óleo. Fomos ver o que estava acontecendo”, conta o presidente. “Descobrimos que havia uma máquina com vazamento. Os papelões impediam que o óleo sujasse o chão. Só que o papelão e o óleo separados podem ser reciclados. E foi o que fizemos”, disse.

Tatiane Merlo dá outro exemplo. “Antendemos uma companhia que utiliza areia nos moldes de seus produtos. Antes, a matéria era utilizada somente uma vez e logo descartada para o aterro. Com novas tecnologias, foi possível reutilizar essa areia diversas vezes”, conta. “Além dos benefícios que isso traz ao meio ambiente, também gera uma renda extra ao fabricante, que gasta menos com matéria-prima e pode vender os materiais recicláveis”, completa.

Segundo Merlo, isso não significa que a Proamb esteja matando o próprio negócio. Ela diz que o resultado é fruto do esforço de se dar uma destinação correta aos resíduos. Além disso, também é a diversificação das atividades da Fundação.
O caso de Bento Gonçalves pode ser visto como uma forma de enfrentar a questão do lixo industrial. Se as empresas sozinhas não conseguem encontrar uma solução, por que não trabalhar em conjunto?

A questão do desperdício também é gritante, principalmente em um momento em que o consumo entra na mira da sustentabilidade. Como ficou claro na conversa com o pessoal da Proamb, a preservação dos recursos naturais, principalmente no meio industrial, está menos ligada à benevolência e muito mais ao lucro.

Aparentemente, quando se mexe no bolso das pessoas, as coisas andam mais rápido. Não foi assim com o cinto-de-segurança? Não seria essa a solução no campo da sustentabilidade?

* Henrique Andrade Camargo viajou a convite da Fundação Proamb.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um desafio para a construção civil no Brasil

Flávio Bonanome, do Amazonia.org.br

De acordo com a consultoria Obra Limpa, a construção civil brasileira hoje consome mais de 50% de todos os recursos naturais extraídos e é responsável por 60% de todo o resíduo urbano sólido no país. Além da grande produção de lixo, as obras também são responsáveis pela utilização de imensas quantidades de madeira, muitas vezes extraída da mata nativa. Visando diminuir as consequências da construção civil no desmatamento é que já há 13 anos iniciativas brasileiras têm criado mecanismos, como a certificação de origem, para garantir um menor impacto do mercado. Apesar disso, mesmo após todos estes anos, a efetivação destes mecanismos ainda é escassa.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2009 revelou que somente 20% dos brasileiros têm conhecimento do que se trata uma certificação como o FSC, por exemplo. A sigla inglesa (Forest Stewardship Council), trazida ao Brasil há mais de uma década, serve como mecanismo de controle da origem da madeira, atestando que não foi extraída de forma ilegal ou predatória das matas nativas. As primeiras ações das entidades que coordenavam a aplicação do FSC foram parcerias com a construção civil visando uma adaptação para uma construção sustentável.

Somente dez anos depois da implantação do selo no Brasil, em 2006, é que foi concluída a primeira obra pública 100% certificada: uma pequena casa no município de São Leopoldo (RS) que serviria como centro de informações turísticas. No setor privado a realidade não é muito diferente. Apesar de alguma adesão de construtoras à utilização de madeira FSC, os únicos empreendimentos totalmente e prontos certificados são os condomínios Genesis, no interior de São Paulo.

De acordo com Karina Aharonian, coordenadora do Grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados, diversos fatores colaboram com a dificuldade na propagação da madeira certificada nas obras. “Existem diferentes causas que inibem a utilização no setor, como a falta de incentivo do governo, os departamentos de compras das empresas, que às vezes se mostram resistentes à mudança de atitude ou o desinteresse do consumidor, que apesar de se dizer disposto a comprar produtos com o selo FSC ainda não está tomando uma atitude prática”, afirma Karina.

A pesquisa da Datafolha mostra que a coordenadora tem razão. Cerca de 85% dos entrevistados afirmaram que comprariam produtos certificados, mesmo se precisassem pagar um pouco a mais por isso. Outra pesquisa, realizada pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (GBC do Brasil, sigla em inglês) apurou que 64% das pessoas colocam entre as três principais prioridades de um edifício a existência de itens de sustentabilidade. Porém, apesar do interesse em se consumir produtos verdes, a realidade é bem diferente.

De acordo com Marcelo Takaoka, diretor da construtora Takaoka, pioneira no mercado de construções civis sustentáveis e idealizadora dos condomínios Gênesis, embora esse discurso esteja presente, quando o consumidor adquire um imóvel ele tem outras prioridades. “O consumidor, na hora que está pensando na moradia dele, não está preocupado com o aquecimento global. Ele está preocupado é se a moradia comporta a família dele, se a casa é confortável, se é bem vedada, bem localizada”, explica.

Outro cenário é possível

Para Takaoka o principal problema em se consolidar o conceito de construção sustentável na sociedade está no modelo usado para a abordagem do tema. “O consumidor não está procurando uma tese de sustentabilidade ou um trabalho cientifico de mudanças climáticas ao comprar uma casa. O que ele quer é ser diferente do vizinho, ele quer mostrar que a casa dele tem um diferencial”. De acordo com o engenheiro a linguagem deveria estar mais longe do ambientalismo e mais próximo de uma propaganda verde. “Antes de dizer que é ecológica, é preciso mostrar para o consumidor que a madeira da casa dele é mais bonita, mais durável, mostrar as diferenças para a madeira comum”, explica.

Com este discurso que tenta se aproximar mais da mentalidade do consumidor, Takaoka conseguiu uma vendagem de 100% em seus condomínios sustentáveis, mesmo com um preço acima da média. “É isto que eu tenho dito nas minhas palestras, enquanto continuar falando de queimada na Amazônia, pagar 30% a mais numa madeira não justifica”, afirma.

Silvo Gava, diretor técnico da construtora e incorporadora Even, também acredita que não adianta esperar uma conscientização do consumidor para mudar este cenário. “Isso nas empresas de construção civil tem que partir de cima mesmo, porque se não, não se consegue implementar políticas sustentáveis”, explica. A empresa dirigida por Gava é um bom exemplo no ramo da construção civil: já há três anos utiliza somente madeira certificada pelo FSC em suas obras.

Para Gava, iniciar o trabalho com material certificado foi uma questão de responsabilidade. “Eu acredito que isso, além de ser uma questão de responsabilidade, é uma questão de princípios, até com as futuras gerações”, afirma o diretor. Segundo ele, a escolha por entrar no mercado sustentável via FSC foi até lógica, tendo em vista que, segundo ele, a primeira coisa que as pessoas pensam quando se fala em ecologia é em árvores. “Então tentamos focar com uma ordem de compra, para não mais negociar madeira que não fosse certificada. Daí engajou todo mundo em conceitos, começaram a surgir idéias boas”, explica.

Ciente de que o cliente ainda não está disposto a pagar a mais por um produto certificado, Gava passou a negociar com seus fornecedores para zerar as diferenças. “Na primeira compra de madeira FSC que fiz, gastei 5% a mais, hoje não gasto mais nada. Consigo a madeira FSC no preço da comum”, explica. Para ele, uma política como esta aplicada pelos fornecedores pode ser essencial para a divulgação da sustentabilidade na construção civil. “Se os fornecedores de produtos sustentáveis fossem mais espertos, venderiam muito mais. Aquele que sair na frente e passar a vender produto sustentável ao preço de mercado vai atrair todos os clientes, e desta forma, forçará os outros fornecedores a fazer o mesmo”, afirma Gava.

Alternativa

Outra possibilidade para a popularização da madeira FSC na construção é, por ironia, um outro modelo de certificação: o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). Vindo de um modelo americano, o Leed é um selo atribuído a obras que possuem, não só matéria prima de origem garantida, mas é totalmente planejada para reduzir os impactos da construção civil no meio ambiente.

A certificação, coordenada pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, contempla as obras que adotem recomendações em cinco grandes grupos: uso racional da água, eficiência energética, materiais adequados e recomendações para ambiente interno dos edifícios. Desta forma, para adquirir o selo, o planejamento deve começar na planta, desde a localização do empreendimento visando diminuir o deslocamento automotivo de seus ocupantes, até o posicionamento em relação ao sol para economizar energia durante o dia.

O selo tem conquistado grande sucesso no setor de imóveis empresariais, isto é, para escritórios e sedes das empresas. De acordo com Nelson Sawakami, diretor da GBC do Brasil, o crescimento da popularidade da certificação é proporcional à procura de grandes empresas por imóveis sustentáveis. “Existem várias empresas que quando vão alugar imóveis para escritórios, sedes para suas matrizes, já exigem a certificação como pré-requisito, como a Toyota, a Suez ou a Petrobrás”, explica Sawakami. A vantagem é que todas as obras com Leed possuem também o FSC.

Apesar disso, a metodologia de certificação é bastante demorada, podendo levar até seis meses depois da obra pronta. Esse processo penoso afasta um pouco a procura pelo selo para os clientes comuns. Somente seis obras já foram certificadas pelo Leed, e mais 139 aguardam o selo, o que, de acordo com Sawakami, é menos de 1% do total da construção civil brasileira.

Mesmo com todas as problemáticas, é possível sonhar com um Brasil com 100% de suas construções com aplicações de idéias sustentáveis. Basta somente a medida certa de pressão da sociedade civil, governança bem aplicada, e como diz Silvio Gava, “vontade real por parte das empresas”.

Fonte: Amazonia.org.br, no http://mercadoetico.terra.com.br/

Energia eólica tem custo mais baixo que as térmicas a gás e diesel

Estudo elaborado pela Eletrobrás e apresentado no dia 4/8 em um seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec/RJ) elimina um dos principais mitos ligados à energia eólica: de que se trata de uma fonte energética cara. O evento foi realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O chefe do Departamento de Engenharia e Gestão de Obras de Geração da estatal, Marcio Drummond, mostrou aos participantes do seminário que embora apresente um custo de investimento inicial mais caro que as térmicas a gás e a diesel, por exemplo, o custo operacional das usinas eólicas resulta bem menor.

“Com dez dias, a eólica já passa a valer a pena em relação às usinas a gás, por exemplo”, disse Drummond. Na comparação com as térmicas a diesel, bastariam seis dias para evidenciar a vantagem da geração eólica, de acordo com o estudo.

Drummond acrescentou que, “em dois meses, você pode dizer que [a energia eólica] compensa qualquer coisa”. Isso significa que após 60 dias a energia gerada pela usina eólica começa a ficar mais barata que a energia de outras fontes.

O estudo será divulgado oficialmente pela Eletrobrás somente em novembro próximo, durante evento em Recife (PE). Por isso, Drummond não quis adiantar mais detalhes sobre o trabalho.

Fonte: Amazonia.org

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Premiação do IBP de trabalhos científicos em Responsabilidade Socioambiental

Edital para a Premiação de Trabalhos Científicos em Responsabilidade Socioambiental

A Comissão de Responsabilidade Social Corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíves - IBP instituiu um Certificado de reconhecimento pela qualidade acadêmica para os melhores trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses (graduação, mestrado e doutorado, respectivamente) sobre responsabilidade socioambiental, no âmbito da indústria de petróleo, gás e biocombustíveis.

Este Certificado será concedido na ocasião do Seminário de Responsabilidade Social do IBP, cuja 3ª edição está programada para o dia 08 de outubro de 2009, na cidade do Rio de Janeiro, no auditório da FIRJAN. Cada instituição universitária pública, privada ou corporativa poderá selecionar e indicar os trabalhos cujas defesas tenham ocorrido entre 01 de janeiro de 2006 e 30 de junho de 2009, e que atendam ao Edital divulgado pela Comissão de Responsabilidade Social Corporativa do IBP.

Os documentos exigidos no Edital devem ser enviados impreterivelmente até o dia 28 de agosto de 2009, para a sede do IBP no Rio de Janeiro (Av. Almirante Barroso, 52 – 26º andar – Cep: 20031-000 – Rio de Janeiro – RJ – A/C: Coordenação de Responsabilidade Social).
A escolha dos trabalhos que receberão o Certificado será feita por um Comitê de Avaliação designada pela Comissão de Responsabilidade Social Corporativa, não cabendo recurso. A entrega do Certificado ocorrerá durante a sessão de encerramento do Seminário de Responsabilidade Social do IBP de 2009 e os vencedores serão notificados com a devida antecedência.

Maiores informações no site do IBP em Responsabilidade Social Corporativa.

sábado, 13 de junho de 2009

HOME Project

Página do Home Project no Youtube


Uma das coisas mais bonitas que eu vi nos últimos tempos foi o filme HOME, do Yann Arthus-Bertrand.

Ele retrata as mudanças que estão acontecendo com a nossa Terra, o que estamos fazendo com ela e, principalmente, o fruto da nossa arrogância sem limites. É todo filmado de cima e, às vezes, do espaço. A trilha sonora é do Armand Amar e nos deixa emocionados a cada cena.

Uma das cenas mais tocantes mostra as cataratas do Rio Iguacú, nosso rio, que estão cheias no vídeo, mas que nunca estiveram tão secas atualmente. Veja as imagens que uma tv britância fêz das cataratas caudalosas...


A urgência em fazermos alguma coisa é enorme, as previsões de que a maioria dos recursos naturais se esgotará em breve são para dez anos.

É um projeto gratuito, financiado por empresas que compõem o PPR group (a maioria delas do segmento de moda).

Você já viu? Sugiro que você o veja em inglês, com closed caption. É melhor do que assistir com o narrador português. Veja e pense a respeito. Pode ser até que você mude o seu jeito de viver depois disso.

domingo, 7 de junho de 2009

Edifício ecológico e giratório...

Dubai tem cada coisa... (a locução em português de Portugal é que mata!)


domingo, 31 de maio de 2009

"Queremos o ambiente inteiro"

Este é o título de um pequeno pensamento do Padre Leonardo Boff*, que eu adoro. Nele, Leo diz o seguinte:

"Não queremos apenas o meio ambiente. Queremos o ambiente inteiro.

Um ser vivo, como um animal ou uma planta, não pode ser visto isoladamente fora do seu habitat natural.

Deve ser visto e analisado sempre em relação ao conjunto das condições vitais que o constituem e no equilíbrio com todos os demais representantes da comunidade dos viventes com os quais comparte a vida. A esse conjunto de fatores chamamos de bioma, bioma do cerrado, bioma da mata atlântica, bioma das florestas tropicais úmidas.

Tal concepção fez com que os cientistas deixassem os laboratórios e se inserissem organicamente na natureza, onde tudo concive com tudo formando uma imensa comunidade ecológica. Eles próprios se descobrem como parte integrante deste mundo e não apenas como espectadores.

Desse convívio homem-natureza nasce a responsabilidade de cuidar dos ecossistemas, de ajudar a que se regenerem e de manter as condições ecológicas para a sua ulterior evolução".

Precisamos dizer mais alguma coisa?

_________________________
* BOFF, Leonardo. A força da ternura - Pensamentos para um mundo igualitário, solidário, pleno e amoroso. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

[Livro] RESPONSABILIDADE SOCIAL E CIDADANIA: CONCEITOS E FERRAMENTAS

É possível fazer o download gratuito do livro mencionado, escrito recentemente pelos pesquisadores do LTDS/COPPE/UFRJ para o SESI Nacional aqui.

Sobre o livro:

A elaboração desta obra corresponde ao crescente foco de atenção dedicado ao tema da Responsabilidade Social Empresarial na atualidade, tanto no cenário nacional como no internacional. Vivemos numa era de descontinuidades, com profundas reconfigurações nos espaços de experiências e horizontes de expectativas.

Nesse novo contexto as empresas passam a realizar seus negócios pautando-se em novos reguladores não apenas técnicos, mas também valorativos. A questão ecológica e a internalização dos aspectos ambientais nos modelos e práticas de gestão são exemplos dos mais evidentes dessas reconfigurações. Mas a temática da sustentabilidade não se esgota apenas na dimensão ambiental. Ela remete a uma variada gama de questões envolvendo as complexas relações entre globalização e diversidade cultural, entre prosperidade econômica e eqüidade social.

Petrobras é a 4ª empresa mais respeitada do mundo

A Petrobras saltou do vigésimo para o quarto lugar entre as companhias mais respeitadas do mundo, segundo pesquisa divulgada pelo Reputation Institute (RI), empresa privada de assessoria e pesquisa, com sede em Nova York. O ranking relaciona 200 grandes empresas do mundo e é realizado anualmente desde 2006. Com a quarta posição, a Petrobras superou empresas como Fedex, Google, Microsoft, 3M, Honda, Philips, General Electric e Walt Disney Co.
O mesmo ranking internacional revela que, entre as brasileiras, a Petrobras aparece em primeiro lugar, à frente da Sadia (5º), Votorantim (20º) e Vale (28º). À frente da Petrobras, no ranking internacional, estão duas empresas europeias e uma norte-americana: Ferrero (Itália), Ikea (Suécia) e Johnson & Johnson (EUA).

A Petrobras conquistou também a melhor posição entre as empresas de energia. O Reputation Institute criou um modelo de avaliação (Modelo RepTrak) que mede o nível de estima, confiança, respeito e admiração, por meio de pesquisas realizadas com consumidores do país de origem das empresas. Foram realizadas 75 mil avaliações, de janeiro a março de 2009, em 32 países.

O Reputation Institute avalia sete dimensões que integram o modelo da instituição, com base em pesquisas qualitativas e quantitativas, e explicam a reputação de uma empresa no âmbito internacional: liderança, cidadania, performance, produtos/serviços, inovação, ambiente de trabalho e governança.

Copyright © 2009 Agência Estado.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um Oceano de Plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência à desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais.

Anualmente, são produzidos cerca de 100 milhões de toneladas de plástico, e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.

No Oceano Pacífico há uma enorme camada de plástico flutuante, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, que vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros.

Acredita-se que haja, neste vórtex de lixo, cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos e tamanhos. Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo e qualquer objeto possível de ser feito com plástico. Segundo seus pesquisadores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos, compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você encontra praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.

Tartaruga deformada por aro plástico
A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou estarrecido com a visão do oceano de lixo plástico à sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.

Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão dispersas em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do Oceano Pacifico pode- se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar da vida marinha.



Todas as peças plásticas da imagem, no lado direito, foram retiradas do estômago desta ave.

Segundo o PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio- Ambiente -, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinhas todos os anos. Sem contar toda uma outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões e centenas de espécies de peixes.

E, para piorar, essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nessas regiões estará ingerindo altos índices de poluentes, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à Terra retorna a nós, seres humanos.



Ave encontrada morta com plástico no estômago.

Fontes: The Independent, Revista Época, Greenpeace e Mindfully

domingo, 12 de abril de 2009

Respire!

Pare um momento do seu dia e sinta a sua respiração. Respire fundo. Acompanhe o vídeo.

Salve os nossos oceanos! Eles precisam de nós.

sábado, 4 de abril de 2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Hora do Planeta

A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.

Conhecido mundialmente como Earth Hour, a Hora do Planeta será promovida no País pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro , a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa.

Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.

Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008, o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

Cadastre-se já no site Hora do Planeta e participe também deste movimento.


quinta-feira, 19 de março de 2009

II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade

O II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade acontecerá nos dias 6 e 7 de maio de 2009, no Anhembi, na cidade de São Paulo, sob a condução da ATITUDE BRASIL.

O fórum tem como objetivo promover o entendimento e a discussão entre setores público, privado e sociedade civil sobre o papel educativo da comunicação para a compreensão do conceito da sustentabilidade.

Personalidades, nacionais e internacionais têm presença confirmada, entre os destaques:

Edmund Phelps: Prêmio Nobel da Economia de 2006, por criar a teoria das bases microeconômicas do desemprego e da inflação. Professor de política econômica da Universidade de Columbia, Nova York, e um dos fundadores do Centro do Capitalismo e sociedade - Unidade do Centro de Estudos da Globalização e Desenvolvimento Sustentável do Instituto da Terra.

Rajendra Pachauri: Prêmio Nobel da Paz 2007. Economista indiano, presidente do IPCC desde 2002 (Intergovernmental Panel on Climate Change), atuou em diversos fóruns e conselhos internacionais que criaram a maioria das políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas.

Terezinha Azerêdo Rios: Formada em filosofia, doutora em educação, professora do Mestrado em Educação da Universidade Nove de Julho – UNINOVE. Assessora e consultora em projetos de educação continuada de profissionais de diversas áreas do conhecimento.

Mario Sergio Cortella: Filósofo, Mestre e Doutor em Educação pela PUC-SP, onde é professor pelo departamento de Teologia e Ciências da Religião e da pós-graduação em Educação. Foi Secretário da Educação de São Paulo e atuou por muitos anos com Paulo Freire.

Fernando Haddad: Atual Ministro da Educação. Mestre em economia e Doutor em Filosofia pela USP tem vasta experiência em gestão pública.

Marina Silva: Atual senadora da República foi ministra do Meio Ambiente e, desde o primeiro mandato do governo Lula, realizou diversas iniciativas de preservação das florestas brasileiras.

Juca Ferreira: Ministro da Cultura - Licenciatura em Sociologia do Desenvolvimento - lnstitut D’ Estude du Developpement Economique et Social- Université Paris 1 Sorbonne.

Vincent Defourny: Representante da UNESCO no Brasil, Doutor em Comunicação pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, licenciatura em Comunicação Social pela mesma universidade.

Leonardo Boff: professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2001 recebeu o Prêmio Right Livelihood Award, na Suécia - prêmio alternativo ao Prêmio Nobel da Paz. Participou da elaboração da Carta da Terra.

Bernardo Toro: intelectual colombiano, conhecido por ser inovador em análises e reflexões sobre a educação na América Latina. Enfatiza o papel da comunicação e da mídia para o desenvolvimento da democracia.

Sustentável 2009

Considerando as incertezas produzidas pela crise econômica mundial e visando realizar um evento de qualidade e representatividade, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) marcou uma nova data de realização do 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, o Sustentável-2009. Com o tema "Sustentabilidade na prática: tendências globais, inovação, educação e oportunidade de negócios", o Congresso será realizado nos dias 4, 5 e 6 de agosto deste ano.

À exceção da data, o restante da programação está mantido. O Sustentável-2009 será realizado no Teatro TUCA – espaço da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -, contará com a chancela do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e com a parceria da Unesco-Brasil, PUC-SP, PNUMA, Sustainability e de diversas instituições.

O último Congresso Ibero- Americano, realizado em 2007 no parque do Ibirapuera, São Paulo, contou com a presença de mais de 3 mil pessoas, nas plenárias e oficinas, além de cerca de 20 mil visitantes na feira de sustentabilidade. Esse evento conquistou, em setembro 2008, o Prêmio de melhor evento especial de 2007, concedido pela Associação Brasileira de Comunicação empresarial (Aberje) – Regional São Paulo.

Espera-se realizar debates multissetoriais na busca por soluções criativas e inovadores que tenham a sustentabilidade como pilar central e norteador.

Mais informações em: www.sustentavel.org.br

sábado, 7 de março de 2009

Asteróide quase atinge a Terra na última segunda-feira, 02/03

O asteróide DD45 passou a 74800 km da Terra na última segunda-feira. Segundo os astrônomos e demais pesquisadores, a pedra tinha de 30 a 40 metros de diâmetro. Se tivesse entrado na atmosfera terrestre ou tivesse se chocado contra o nosso planeta, teria provocado um estrago considerável. Estudos mostram que os buracos causados por estes corpos celestes no nosso planeta tem um diâmetro de aproximadamente 10 vezes o diâmetro de cada rocha.

Os pesquisadores custaram a perceber que um asteróide estava se aproximando da Terra. E quando perceberam, nada fizeram, pois não daria tempo de fazer nada. A gente vê estes filmes de ficção científica e pensa que tudo tem solução. Neste caso, não teria.

Pesquisando sobre este assunto na Internet, descobri que alguém filmou o dito asteróide passando pela Terra. Vejam como é rápido: ele está viajando a uma velocidade de 500 milhas por minuto.



Neste vídeo, você pode vê-lo. Trata-se do corpo celeste que se move, bem no centro da imagem, da direita para esquerda.

Outro site bastante interessante é o que mostra os buracos deixados na superfície terrestre pelos 50 maiores meteóros ou asteróides que por aqui passaram. Existem alguns bem grandes e dois deles, ficaram registrados em solo brasileiro. Dê uma olhada na imagem abaixo do buraco perfeito, coberto de água, no solo indiano (numa localidade conhecida como Lonar).

O buraco, hoje o Lonar Lake, tem 1,83 km de diâmetro. O que equivale dizer que o asteróide que atingiu o solo indiano devia ter em torno de 183 m de diâmetro, bem maior do que o nosso visitante da semana.

O Lonar Lake é um lago muito bonito, veja na foto.



Já há alguns indícios do que os céus estarão nos enviando nos próximos anos. Conto pra vocês em outros posts.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Boletim Ponto-a-Ponto

InfoAtivo DefNet, n. 4107, Ano 12, Setembro de 2008, Edição Extra:
Boletim Ponto a Ponto

Em setembro de 2008 começou a circular a 1ª edição do Boletim Ponto a Ponto, periódico mensal editado em braille e patrocinado pela Petrobras Cultural.

Com tiragem mensal de 2 mil exemplares, o Boletim reúne artigos de jornais e revistas à venda nas bancas e é distribuído gratuitamente em todo o Brasil diretamente para pessoas com deficiência visual, assim como também para instituições e bibliotecas públicas. Cabe lembrar que a transcrição para o braille é permitida de acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610 de 19/02/98.

O Boletim faz parte do Projeto Ponto a Ponto, uma iniciativa da artista plástica e paisagista Silvia Valentini, que a partir de 1994 começou a estimular a troca de correspondência em braille entre cegos. Em poucos anos, o Ponto a Ponto reuniu endereços de aproximadamente 400 inscritos de 40 países que se correspondiam em português, inglês e espanhol. Inscrições feitas, endereços enviados, iniciavam-se relacionamentos que superavam distâncias e expectativas – houve seis casamentos entre participantes que, apaixonados, chegaram a se mudar de seu país de origem.
O trabalho, feito de maneira informal, aproveita papel reciclado de relatórios anuais de empresas, encartes de jornais e outros papéis de boa qualidade, com gramatura superior a 90g, necessária para a escrita em braille.

Entre os primeiros inscritos no projeto Ponto a Ponto estavam portadores de múltiplas deficiências, inclusive surdocegos. E para eles foram feitas as primeiras transcrições de artigos, em máquina manual, surgindo assim a idéia de editar um periódico em braille. A transcrição de textos é onerosa e pouco disponível no Brasil, mas só o braille atende a surdocegos e ensina a ortografia correta, não podendo ser substituído por nenhum outro meio de comunicação audiovisual ou de informática.

“O braille é essencial, é um encantamento, uma escultura. Uma página escrita em braille passa a ser uma peça tridimensional que faz superar limites”, destaca Silvia Valentini, no primeiro número do Boletim Ponto a Ponto.

O projeto foi um dos 263 selecionados pelo Programa Petrobras Cultural entre os 7392 concorrentes de todo o Brasil, na edição de 2007. A relevância do Boletim Ponto a Ponto está no histórico da iniciativa e no seu objetivo de promover a integração de pessoas com deficiência visual, levando a elas conhecimento, informação e distração. Estima-se que cada pessoa que receber um exemplar do Boletim o repassará para três ou quatro amigos. E nas associações e bibliotecas das pequenas localidades, 20 ou 30 pessoas terão acesso ao periódico. Em SP, 1540 usuários leitores estão inscritos na Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo.

O Boletim tem 30 folhas impressas em frente e verso e um dos artigos é ilustrado em relevo. Tanto o sumário quanto o editorial serão impressos em braille e tinta. Os artigos, no entanto, são escritos apenas em braille. Desta maneira, cria-se uma situação invertida entre videntes e cegos, pois pessoas que não aprenderam o braille terão que conhecer o conteúdo por meio da leitura dos cegos.

Outra inovação é a capa, com uma programação visual que não inclui tinta. As palavras aparecem impressas em relevo, numa dupla solução, visual e tátil.

O Boletim Ponto a Ponto tem apoio da Lei Rouanet e isenção de 100% de impostos para empresas e pessoas físicas que queiram participar.

Os contatos poderão ser feitos com Silvia Valentini pelo endereço:
Ponto a Ponto – Caixa Postal 823CEP 06709-970 – Cotia SP

Rádio Margarida

O Centro Artístico Cultural Belém Amazônia (CACBA), popularmente conhecido de Rádio Margarida, desenvolveu o projeto de rádionovelas educativas com o objetivo de combater o trabalho infantil e a violência doméstica e sexual, desde julho de 1991 trilhando o caminho voltado para as necessidades humanas, prioritariamente crianças e adolescentes.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

IMÓVEIS SUSTENTÁVEIS - PRÉDIO DA UNIVERSIDADE CORPORATIVA DA PETROBRAS

O belo prédio da universidade corporativa da Petrobras na Cidade Nova, onde estive lecionando em novembro, ganhou o prêmio Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) da US Green Building Counsel. O arquiteto é Ruy Resende e os elementos que fizeram jus ao prêmio são: uso de materiais reciclados ou recicláveis, aproveitamento da luz natural via clarabóias e vidros isotérmicos, captação da água da chuva e da condensação do ar condicionado para uso nos vasos sanitários e regas de plantas, e preocupação de minimizar impactos sobre o meio ambiente durante a obra. O custo da construção fica de 5 a 7% mais alto, porém isto se recupera com a economia de energia e água posteriores.

A cadeia produtiva da construção civil consome entre 15 e 50% dos recursos da natureza e gera 50% dos gases do efeito estufa. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações.

Qualquer prédio pode adotar medidas simples, como sensores de presença, lâmpadas econômicas, coleta seletiva de lixo e reaproveitamento de água. A tendência é que os esforços eco-amigáveis economizem até 30% no valor da cota de condomínio. Empreendimentos como os da Ecoesfera em São Paulo incluem temporizadores nas torneiras, hidrômetros e gasômetros individuais, herbários e pomares, captação de água de chuva e tratamento dos esgotos para uso na irrigação dos jardins, churrasqueiras a gás com pedras vulcânicas (e não carvão), placas de energia solar na cobertura e persianas que aumentam a claridade interna nas áreas comuns.

Fonte: Blog Amor ao Planeta

Consumidores veem na Petrobras modelo de responsabilidade social

Em pesquisa do Market Analysis, cerca de seis em cada dez consumidores colocaram desempenho da Petrobras em responsabilidade social entre os melhores ou acima da média.

A Petrobras é apontada como modelo de responsabilidade social, segundo o resultado do Monitor de Responsabilidade Social 2008 do instituto de pesquisa de mercado e opinião pública Market Analysis. A companhia, citada como exemplo de cidadania corporativa nos últimos três anos, obteve 19,8% de aprovação distanciando-se cada vez mais do segundo melhor colocado. O estudo sobre expectativas e atitudes dos consumidores brasileiros sobre responsabilidade social corporativa é realizado todos os anos, desde 2000, com 805 entrevistados em nove capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Goiânia.

A partir do estudo a Market Analysis desenvolve um relatório final que fornece percepções sobre as oportunidades e limitações existentes para uma efetiva atuação institucional na área de cidadania corporativa, avaliando a performance das diferentes iniciativas, estabelecendo comparações com as expectativas do público consumidor e identificando os resultados das estratégias de comunicação empresarial.

Uma das tendências detectadas pela pesquisa é o fato da Petrobras ser percebida como modelo de responsabilidade social, principalmente, entre aqueles que entendem cidadania corporativa como conjunto de ações de sustentabilidade econômica e ambiental. Ao serem questionados sobre a atuação da Petrobras no cumprimento de suas responsabilidades sociais, cerca de seis em cada dez consumidores avaliaram o desempenho como entre os melhores ou acima da média, e essa vantagem está ancorada principalmente na atuação em projetos ambientais, seguido de patrocínios esportivos e culturais.

O Monitor da Market Analysis lista as dez empresas mais bem ranqueadas em responsabilidade social no país. Entre as melhores avaliadas estão a Petrobras (19,8%), Coca-Cola (4,8%) e Vale (3,8%). Além do bom desempenho, a empresa obteve uma percepção mais homogênea nas diversas regiões do país em relação ao estudo anterior.

CONCURSO "IDÉIAS E SOLUÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"

Instituto de Arquitetos do Brasil lança Concurso "Idéias e Soluções para o Desenvolvimento Sustentável"

A Caixa Econômica Federal e o Instituto de Arquitetos do Brasil lançaram o Prêmio "CAIXA IAB 2008/2009 – Idéias e Soluções para o Desenvolvimento Sustentável", voltado para estudantes e profissionais de arquitetura e urbanismo. As inscrições estão abertas até o dia 15 de maio de 2009. Informações: www.iabrj.org.br.

O objetivo é selecionar, premiar e divulgar soluções inovadoras e sustentáveis para urbanização e habitação de interesse social no Brasil. Além disso, os organizadores também pretendem promover o debate e a reflexão sobre o desenvolvimento urbano no Brasil, no meio acadêmico, com a participação de professores e estudantes, e entre os profissionais arquitetos e urbanistas, com foco na questão habitacional de interesse social.

Fonte: Confea

O futuro que queremos

O Futuro que Queremos

Uma reflexão sobre o futuro que queremos está sendo proposta pelo site Folha do Futuro.

Ali, qualquer pessoa pode registrar notícias que deseja realizadas até 2015, data limite escolhida pelos 191 países signatários do pacto pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

No site, também é possível enviar cartões para os amigos e registrar instituições do terceiro setor que desenvolvem trabalhos alinhados com os ODMS e sua proposta.

NOVA CAMPANHA DO IKATU - “1/3 DE TUDO QUE VOCÊ COMPRA VAI DIRETO PARA O LIXO”

Esse é o slogan da nova campanha do Instituto Akatu, criada e produzida pela agência Leo Burnett, parceira institucional do Akatu, com estreia em cadeia nacional em 27 de janeiro de 2009 na Globosat. Através de uma linguagem semelhante à da publicidade do varejo, a campanha alerta consumidor para a problemática do desperdício de alimentos e dá dicas de como consumir os alimentos de forma consciente para evitar desperdícios.

A iniciativa surgiu da constatação de que, no Brasil, aproximadamente um terço de todos os alimentos comprados em uma casa é desperdiçado. Junto com eles, todas as suas embalagens, toda a água e energia usadas na sua produção, todo o CO2 emitido em sua produção e transporte, etc; são também jogados fora, gerando inúmeros impactos negativos para a sociedade, a economia e o meio ambiente. O número é ainda mais alarmante quando pensamos que estamos em um país onde 14 milhões de pessoas vivem em domicílios com insegurança alimentar grave (fonte: IBGE, 2004). A campanha alerta os brasileiros sobre este fato e mostra que é possível mudar este quadro por meio de pequenos gestos diários que estão sendo divulgados pela mídia com base em sugestões do Akatu.

As peças da campanha mostram, com mensagens criativas e instigantes, que todo consumo tem impacto – seja ele positivo ou negativo – e que cada gesto de consumo tem poder transformador. O consumidor, comprometido e ciente dos efeitos de seus atos de consumo, pode ter um papel protagonista nessa transformação.

A nova campanha pretende motivar o cidadão a responder, de forma positiva, ao desafio de evitar o desperdício de alimentos, contribuindo assim para a desafio global atual da construção da sustentabilidade da vida no planeta.
Veículos de comunicação que estejam interessados em veicular a campanha podem entrar em contato com Eliana Arndt, Gerente de Comunicação e Conteúdo do Akatu, pelo e-mai eliana.arndt@akatu.org.br.

http://www.akatu.org.br/akatu_acao/campanhas/1-3-de-tudo-que-voce-compra-vai-direto-para-o-lixo/1-3-de-tudo-que-voce-compra-vai-direto-para-o-lixo

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

WWF-Brasil traz ao País evento mundial de alerta contra o aquecimento global

Rio de Janeiro, 28 Jan 2009 - O WWF-Brasil e a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciaram hoje (28), o lançamento da Hora do Planeta e a participação da cidade no evento, marcando a entrada do Brasil no movimento mundial para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global.

Conhecido mundialmente como Earth Hour, o movimento é promovido no País pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro, a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa. Durante o lançamento, Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, anunciou que irá apagar as luzes de ícones cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana, que terá a segurança reforçada pelas autoridades competentes. A comunidade do Morro Dona Marta e o Jockey Club também confirmaram sua participação.

“A mobilização da comunidade Dona Marta, por exemplo, é um sinal claro que todos podem participar no combate ao aquecimento global. A participação do Rio de Janeiro na Hora do Planeta será show de bola!”, garante o prefeito Eduardo Paes, citando que o evento será o primeiro ato de uma série de movimentos que a cidade irá realizar para reassumir o protagonismo em questões ambientais.

Além da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Ministério do Meio Ambiente, a Hora do Planeta recebeu a adesão de autoridades e representantes de diversos segmentos sociais, que estiveram presentes ao lançamento. Entre eles os atores Camila Pitanga, Victor Fasano e Cynthia Howlett.
“O governo brasileiro começou a fazer a sua parte com a nova agenda sobre mudanças climáticas, mas não podemos discutir esse assunto sem pensar na mudança de comportamento da nossa sociedade, e para isso o movimento Hora do Planeta é muito importante”, afirma Izabella Teixeira, Secretária Executiva do Ministério do Meio Ambiente, que representou o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc no lançamento da Hora do Planeta, que também apóia o movimento.

Um ato simbólico pelo futuro do planeta

A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas, O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.

Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Hoje, além do Rio de Janeiro foi anunciada a participação de outras grandes cidades mundiais, como Atenas, Buenos Aires e Edimburgo. Até o momento, mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.

Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008 o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

“A Hora do Planeta não é um ato de economia de energia, mas um gesto de engajamento social, no qual cada um deve fazer a sua parte para um futuro melhor. Será uma demonstração da nossa paixão pelas pessoas, pela união, pela solução, pela conservação do planeta, e principalmente, pelo futuro e pela vida”, afirma Álvaro de Souza, presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil.
Para mobilizar a população pela Hora do Planeta, o WWF-Brasil lançará a campanha publicitária criada pela DM9DDB e espera contar com a adesão de empresas, entidades, ONGs, associações de bairro e demais movimentos da sociedade civil. Os cidadãos serão convidados a se cadastrar no site http://www.horadoplaneta.org.br/.

Cenário Ambiental

O ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para que se mantenha o aquecimento global abaixo dos 2º C. Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.

No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado –, é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global. No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Telhado verde


Coberturas reflexivas reduzem a temperatura do meio ambiente, combatem o excesso de CO2 e retardam os efeitos do aquecimento global

Com a ameaça do aquecimento global, cientistas têm proposto o uso da geo-engenharia – manipulação do meio ambiente da Terra – para dar respostas mais rápidas e eficientes a este problema. Duas tecnologias simples que estão disponíveis há milhares de anos, coberturas e pavimentos frios, podem se tornar as duas primeiras técnicas de geo-engenharia a serem usadas no combate ao aquecimento global.

Aumentar a reflexão solar das superfícies urbanas reduz o seu respectivo ganho de calor, abaixa a temperatura e evita a transferência de calor para a atmosfera. Este processo de “força radiativa negativa” contribui para o combate do aquecimento global. Em recente estudo a ser publicado no jornal CLIMATIC CHANGE, os pesquisadores e professores Akbari, Menon e Rosenfield calcularam a redução equivalente de emissões de CO2 possível pelo aumento da reflexão solar das superfícies urbanas.

A expressiva maioria das coberturas planas são escuras e refletem não mais do que 20% da luz solar. Pintando estes forros com um material branco ou claro que tem uma reflexão solar de longo prazo de 0,60 ou mais, diminui sensivelmente os efeitos da incidência solar. Tais pesquisadores estimam que a cada 100 m2 de forro pintado com cores claras, se compensa 10 ton de emissão de CO2. Apenas como comparação, uma típica casa norte-americana emite aproximadamente 10 ton de CO2 por ano, e, as emissões de CO2 vêm sendo negociadas na Europa ao redor de US$ 25,00 por tonelada, fazendo com que esta compensação gere um valor de US$ 250,00.

É relativamente fácil convencer (ou até mesmo solicitar) que proprietários de prédios e de grandes construções passem a utilizar materiais claros para pintar suas respectivas coberturas. E para evitar problemas de oferta e demanda, o recomendável é que as coberturas planas sejam pintadas de branco e os inclinados alternativamente com cores frias. Na Califórnia, EUA, a Lei para coberturas planas brancas existe desde 2005 e para os inclinados com cores frias a Lei passa a vigorar em julho de 2009. O uso de cores frias para a pintura de coberturas aumenta a reflexão solar em torno de 0,20 e gera uma compensação equivalente de CO2 de cerca de 5 ton para cada 100 m2, ou algo como metade do que se conseguiria com as coberturas brancas. A reflexão solar em pavimentos pode ser considerada uma média de 0,15, compensando cerca de 4 toneladas de CO2 para cada 100 m2.

Mais de 50% da população mundial vive em áreas urbanas e se prevê que em 2040 este percentual atinja os 70%. Coberturas e pavimentos representam cerca de 60% das superfícies urbanas (coberturas = 20% / 25%; pavimentos = 40%). Akbari, Menon e Rosenfield estimam que a pintura com cores brancas ou frias, tanto em pavimentos quanto em coberturas, nas regiões temperadas e tropicais podem gerar uma compensação equivalente a 44 bilhões de toneladas de CO2 emitidos, cujo valor é da ordem de US$ 1,1 trilhão à razão de US$ 25,00 a tonelada.De forma a tornar mais fácil a compreensão do que significa uma compensação de 44 bilhões de toneladas de CO2, vale considerar este exemplo: um carro emite em média 4 toneladas de CO2 a cada ano.

Aumentando a reflexão solar de coberturas e pavimentos em todo o mundo, se pode gerar uma compensação equivalente à emissão de 11 bilhões de carros por ano. Isto significa tirar das ruas cerca de 600 milhões de carros por 18 anos. (atualmente, estima-se, a frota mundial de carros é da ordem de 600 milhões e deve atingir 1,3 bilhão em 2030).

Se somente as coberturas tivessem suas cores escuras substituídas por cor branca (as planas) e por cores frias (as inclinadas), pode-se conseguir uma compensação da ordem de 24 bilhões de toneladas de CO2. Se levar 20 anos para implantar este tipo de pintura em todas as coberturas, teríamos o equivalente à retirada da rua, metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano. A compensação gerada pelo esfriamento das superfícies urbanas possibilitaria um atraso importante nos efeitos do aquecimento global, período em que poderiam ser desenvolvidas medidas adicionais para melhorar a eficiência energética e a sustentabilidade.

Os pesquisadores propõem uma campanha internacional para que se usem materiais reflexivos solares quando as coberturas e/ou os pavimentos estão sendo construídos ou quando sofrem reformas, especialmente em regiões temperadas e tropicais. Eles consideram que este programa é uma típica operação ganha-ganha. As coberturas frias reduzem o uso de sistemas de ar-condicionado e aumentam o conforto daquelas construções que não dispõem desta ferramenta (ganho 1); coberturas e pavimentos frios permitem combater as ilhas de calor urbanas no verão das grandes cidades, melhorando a qualidade do ar e o conforto do ambiente urbano (ganho 2); as últimas pesquisas mostram que o uso de coberturas e pavimentos frios podem, sim, reduzir a temperatura global (ganho 3). E instalar coberturas e pavimentos frios em cidades em todo o mundo não exige delicadas negociações internacionais sobre as taxas de emissão de CO2 de cada economia.

Compensação Equivalente de Carros em função de Coberturas Frias
Duração do Programa Compensação Anual de CO2 Compensação Equivalente de Carros
10 anos 2,4 bilhão ton / ano 600 milhões de carros por dez anos
20 anos 1,2 bilhão ton / ano 300 milhões de carros por vinte anos
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Hashem, Akbari
Lawrence Berkeley National Laboratory
Heat Island Group

Arthur Rosenfeld
Comissão de Energia da Califórnia

Fonte: Green Building Council Brasil, 21/01/2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Aumenta busca de prédios por selo verde no Brasil

Primeiramente surgiram as instruções para que as pessoas tivessem um comportamento ecologicamente correto: reciclar o lixo, tomar banhos rápidos, economizar energia elétrica e utilizar transporte público ou bicicleta. Com um pouco de resistência, alguns desses itens começaram a ser seguidos e, aos poucos, tornaram-se praticamente obrigatórios. Agora, é a vez dos empreendimentos imobiliários buscarem "sustentabilidade". Apenas neste ano, 68 edifícios entraram com processo para conseguir o selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), um dos mais reconhecidos no mundo. Há quatro anos, só um tentou a certificação de "prédio verde".

E essa tendência veio para ficar - ou até para predominar - nos grandes centros urbanos, como São Paulo. Embora todos os empreendimentos certificados no Brasil sejam da categoria prata, o País pode terminar o ano com dois selos ouros. Duas edificações - uma no Rio, o Ventura Corporate Towers, e outra em São Paulo - conseguiram uma pré-certificação no segundo melhor nível e devem receber o registro definitivo até o fim deste ano.

O empreendimento paulistano que virou modelo é o Rochaverá, às margens do Rio Pinheiros, na zona sul. Uma das características que contou a favor foi o sistema de reúso da água da chuva. Absorvida nas coberturas das torres e nos ralos em toda a área do empreendimento, ela é encaminhada para um depósito, de onde o líquido é bombeado novamente para a superfície, irrigando os jardins.

Primeira a possuir um selo na América do Sul, a agência do Banco Real de Cotia tem um sistema parecido e reutiliza toda a água da chuva nos vasos sanitários. Ali, 100% do esgoto é tratado e ainda serve para regar os jardins. Além disso, painéis fotovoltaicos garantem o fornecimento de energia - a luz solar é armazenada e utilizada para abastecer os caixas eletrônicos de auto-atendimento.

Para ser considerado um "prédio verde" e conseguir o selo Leed, o empreendimento passa pela avaliação de alguns requisitos, como o uso de iluminação natural, a gestão de perdas e resíduos, as administrações do consumo de água e energia elétrica, o uso de materiais renováveis, a qualidade interna do ambiente e as idéias inovadoras. Após a análise, uma edificação recebe de 0 a 69 pontos, nas categorias ouro, prata e verde - quem satisfaz a partir de 85% das exigências ganha o selo na modalidade Platina. No Brasil, somente três empreendimentos têm o selo Leed, todos na categoria prata: a agência do Real, em Cotia; e em São Paulo o laboratório Delboni Auriemo de Santana e a unidade do Morgan Stanley da Avenida Brigadeiro Faria Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte: Agência Estado, 06/10/2008

É dando que se recebe

Aqui em casa, já adotamos esta postura há um bom tempo. Tudo o que ganhamos ou compramos, como roupas, roupas de banho e cama, são motivo para nos desfazermos de uma peça antiga correspondente.

Com isso, ajudamos a quem precisa, principalmente. Mas, ao mesmo tempo, contribuimos para manter o mesmo nível de ocupação dos nossos armários.

Quando as gavetas começam a ficar muito cheias, impedindo-nos de fechá-las adequadamente ou, ao menos, com uma certa facilidade, apelamos para a teoria e fazemos uma arrumação no armário.

Nas férias, sempre reservamos um tempo para esta arrumação. Posso garantir que não é agradável, mas também não é o fim do mundo. Arrumar os armários dá uma sensação de alívio, pois na maioria das vezes, quando a gente usa muito uma certa peça de roupa, é sinal de que estamos esquecendo de outras tantas e que estamos comprando demais.

E você, quantas vezes arruma o armário no ano?

Deixe a luz entrar em casa

Observar como a luz entra em sua casa é fundamental antes de tomar decisões sobre como utilizá-la. Às vezes, basta mudar o tecido de um estofado, usar uma tinta clara na parede ou alterar a posição dos móveis. O segredo é prestar atenção e pensar em como adaptá-la para aproveitar tudo o que a luminosidade oferece. Porque não há nada mais gostoso que levar para dentro de casa a luz em seu estado mais puro.

Idéias luminosas
  1. Não confunda sol com boa iluminação. A luz direta pode manchar madeira, desbotar as paredes, descorar o tecido dos estofados e enfraquecer suas tramas. Onde bate muito sol, use persianas ou cortinas.
  2. O sol prejudica os eletroeletrônicos. Nunca os deixe expostos à luz direta e evite ambientes muito quentes.
  3. Antes de pintar uma parede com uma cor forte, avalie se o tom escolhido vai escurecer o ambiente. Uma dica: quanto mais claro o espaço, maior ele fica - a claridade dá sensação de amplitude.
  4. Pintar uma porta de branco pode fazer toda a diferença num cômodo, assim como escolher tecidos claros e com poucas estampas para os estofados.
  5. Escadas devem ser bem iluminadas. Além do velho recurso de pintar a alvenaria dos degraus de branco, pode-se colocar um vidro ou janela para deixar a claridade entrar.
  6. Em corredores, quando for possível, coloque um vitrô ou vidro. E opte por paredes claras para distribuir mais a luz nesse espaço.
  7. Dependendo da arquitetura da casa, a lateral de uma fachada pode refletir a luz externa para dentro do imóvel.

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Retirado da matéria "Deixe a luz acesa", por Roberta De Lucca, Revista Vida Simples, Ed. Março 2005.

O blog

Eu tenho lido muitas coisas sobre Responsabilidade Social e Ambiental. Na empresa onde trabalho, fui convidada a integrar um grupo que deveria pesquisar o tema e fornecer informações aos nossos colegas.

Toda essa pesquisa que fiz ficou guardada na gaveta. Eu estava com uma imensa vontade de compartilhá-la com os amigos, mas achava que não cabia postá-la no meu outro blog, nem ficar pedindo aos amigos que já escrevem blogs sobre o assunto para difundí-la.

Então, resolvi criar o "Eco, lógico!", um blog que se sustenta na simples teoria de que não temos mais tempo para agir se não for de uma maneira ecológica, cidadã e usando o conhecimento a favor do nosso Planeta.

Espero que vocês gostem e que encontrem aqui informações úteis para melhorar o seu dia-a-dia como cidadãos.