quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

WWF-Brasil traz ao País evento mundial de alerta contra o aquecimento global

Rio de Janeiro, 28 Jan 2009 - O WWF-Brasil e a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciaram hoje (28), o lançamento da Hora do Planeta e a participação da cidade no evento, marcando a entrada do Brasil no movimento mundial para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global.

Conhecido mundialmente como Earth Hour, o movimento é promovido no País pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro, a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa. Durante o lançamento, Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, anunciou que irá apagar as luzes de ícones cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana, que terá a segurança reforçada pelas autoridades competentes. A comunidade do Morro Dona Marta e o Jockey Club também confirmaram sua participação.

“A mobilização da comunidade Dona Marta, por exemplo, é um sinal claro que todos podem participar no combate ao aquecimento global. A participação do Rio de Janeiro na Hora do Planeta será show de bola!”, garante o prefeito Eduardo Paes, citando que o evento será o primeiro ato de uma série de movimentos que a cidade irá realizar para reassumir o protagonismo em questões ambientais.

Além da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Ministério do Meio Ambiente, a Hora do Planeta recebeu a adesão de autoridades e representantes de diversos segmentos sociais, que estiveram presentes ao lançamento. Entre eles os atores Camila Pitanga, Victor Fasano e Cynthia Howlett.
“O governo brasileiro começou a fazer a sua parte com a nova agenda sobre mudanças climáticas, mas não podemos discutir esse assunto sem pensar na mudança de comportamento da nossa sociedade, e para isso o movimento Hora do Planeta é muito importante”, afirma Izabella Teixeira, Secretária Executiva do Ministério do Meio Ambiente, que representou o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc no lançamento da Hora do Planeta, que também apóia o movimento.

Um ato simbólico pelo futuro do planeta

A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas, O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.

Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Hoje, além do Rio de Janeiro foi anunciada a participação de outras grandes cidades mundiais, como Atenas, Buenos Aires e Edimburgo. Até o momento, mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.

Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008 o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

“A Hora do Planeta não é um ato de economia de energia, mas um gesto de engajamento social, no qual cada um deve fazer a sua parte para um futuro melhor. Será uma demonstração da nossa paixão pelas pessoas, pela união, pela solução, pela conservação do planeta, e principalmente, pelo futuro e pela vida”, afirma Álvaro de Souza, presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil.
Para mobilizar a população pela Hora do Planeta, o WWF-Brasil lançará a campanha publicitária criada pela DM9DDB e espera contar com a adesão de empresas, entidades, ONGs, associações de bairro e demais movimentos da sociedade civil. Os cidadãos serão convidados a se cadastrar no site http://www.horadoplaneta.org.br/.

Cenário Ambiental

O ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para que se mantenha o aquecimento global abaixo dos 2º C. Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.

No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado –, é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global. No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Telhado verde


Coberturas reflexivas reduzem a temperatura do meio ambiente, combatem o excesso de CO2 e retardam os efeitos do aquecimento global

Com a ameaça do aquecimento global, cientistas têm proposto o uso da geo-engenharia – manipulação do meio ambiente da Terra – para dar respostas mais rápidas e eficientes a este problema. Duas tecnologias simples que estão disponíveis há milhares de anos, coberturas e pavimentos frios, podem se tornar as duas primeiras técnicas de geo-engenharia a serem usadas no combate ao aquecimento global.

Aumentar a reflexão solar das superfícies urbanas reduz o seu respectivo ganho de calor, abaixa a temperatura e evita a transferência de calor para a atmosfera. Este processo de “força radiativa negativa” contribui para o combate do aquecimento global. Em recente estudo a ser publicado no jornal CLIMATIC CHANGE, os pesquisadores e professores Akbari, Menon e Rosenfield calcularam a redução equivalente de emissões de CO2 possível pelo aumento da reflexão solar das superfícies urbanas.

A expressiva maioria das coberturas planas são escuras e refletem não mais do que 20% da luz solar. Pintando estes forros com um material branco ou claro que tem uma reflexão solar de longo prazo de 0,60 ou mais, diminui sensivelmente os efeitos da incidência solar. Tais pesquisadores estimam que a cada 100 m2 de forro pintado com cores claras, se compensa 10 ton de emissão de CO2. Apenas como comparação, uma típica casa norte-americana emite aproximadamente 10 ton de CO2 por ano, e, as emissões de CO2 vêm sendo negociadas na Europa ao redor de US$ 25,00 por tonelada, fazendo com que esta compensação gere um valor de US$ 250,00.

É relativamente fácil convencer (ou até mesmo solicitar) que proprietários de prédios e de grandes construções passem a utilizar materiais claros para pintar suas respectivas coberturas. E para evitar problemas de oferta e demanda, o recomendável é que as coberturas planas sejam pintadas de branco e os inclinados alternativamente com cores frias. Na Califórnia, EUA, a Lei para coberturas planas brancas existe desde 2005 e para os inclinados com cores frias a Lei passa a vigorar em julho de 2009. O uso de cores frias para a pintura de coberturas aumenta a reflexão solar em torno de 0,20 e gera uma compensação equivalente de CO2 de cerca de 5 ton para cada 100 m2, ou algo como metade do que se conseguiria com as coberturas brancas. A reflexão solar em pavimentos pode ser considerada uma média de 0,15, compensando cerca de 4 toneladas de CO2 para cada 100 m2.

Mais de 50% da população mundial vive em áreas urbanas e se prevê que em 2040 este percentual atinja os 70%. Coberturas e pavimentos representam cerca de 60% das superfícies urbanas (coberturas = 20% / 25%; pavimentos = 40%). Akbari, Menon e Rosenfield estimam que a pintura com cores brancas ou frias, tanto em pavimentos quanto em coberturas, nas regiões temperadas e tropicais podem gerar uma compensação equivalente a 44 bilhões de toneladas de CO2 emitidos, cujo valor é da ordem de US$ 1,1 trilhão à razão de US$ 25,00 a tonelada.De forma a tornar mais fácil a compreensão do que significa uma compensação de 44 bilhões de toneladas de CO2, vale considerar este exemplo: um carro emite em média 4 toneladas de CO2 a cada ano.

Aumentando a reflexão solar de coberturas e pavimentos em todo o mundo, se pode gerar uma compensação equivalente à emissão de 11 bilhões de carros por ano. Isto significa tirar das ruas cerca de 600 milhões de carros por 18 anos. (atualmente, estima-se, a frota mundial de carros é da ordem de 600 milhões e deve atingir 1,3 bilhão em 2030).

Se somente as coberturas tivessem suas cores escuras substituídas por cor branca (as planas) e por cores frias (as inclinadas), pode-se conseguir uma compensação da ordem de 24 bilhões de toneladas de CO2. Se levar 20 anos para implantar este tipo de pintura em todas as coberturas, teríamos o equivalente à retirada da rua, metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano. A compensação gerada pelo esfriamento das superfícies urbanas possibilitaria um atraso importante nos efeitos do aquecimento global, período em que poderiam ser desenvolvidas medidas adicionais para melhorar a eficiência energética e a sustentabilidade.

Os pesquisadores propõem uma campanha internacional para que se usem materiais reflexivos solares quando as coberturas e/ou os pavimentos estão sendo construídos ou quando sofrem reformas, especialmente em regiões temperadas e tropicais. Eles consideram que este programa é uma típica operação ganha-ganha. As coberturas frias reduzem o uso de sistemas de ar-condicionado e aumentam o conforto daquelas construções que não dispõem desta ferramenta (ganho 1); coberturas e pavimentos frios permitem combater as ilhas de calor urbanas no verão das grandes cidades, melhorando a qualidade do ar e o conforto do ambiente urbano (ganho 2); as últimas pesquisas mostram que o uso de coberturas e pavimentos frios podem, sim, reduzir a temperatura global (ganho 3). E instalar coberturas e pavimentos frios em cidades em todo o mundo não exige delicadas negociações internacionais sobre as taxas de emissão de CO2 de cada economia.

Compensação Equivalente de Carros em função de Coberturas Frias
Duração do Programa Compensação Anual de CO2 Compensação Equivalente de Carros
10 anos 2,4 bilhão ton / ano 600 milhões de carros por dez anos
20 anos 1,2 bilhão ton / ano 300 milhões de carros por vinte anos
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Hashem, Akbari
Lawrence Berkeley National Laboratory
Heat Island Group

Arthur Rosenfeld
Comissão de Energia da Califórnia

Fonte: Green Building Council Brasil, 21/01/2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Aumenta busca de prédios por selo verde no Brasil

Primeiramente surgiram as instruções para que as pessoas tivessem um comportamento ecologicamente correto: reciclar o lixo, tomar banhos rápidos, economizar energia elétrica e utilizar transporte público ou bicicleta. Com um pouco de resistência, alguns desses itens começaram a ser seguidos e, aos poucos, tornaram-se praticamente obrigatórios. Agora, é a vez dos empreendimentos imobiliários buscarem "sustentabilidade". Apenas neste ano, 68 edifícios entraram com processo para conseguir o selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), um dos mais reconhecidos no mundo. Há quatro anos, só um tentou a certificação de "prédio verde".

E essa tendência veio para ficar - ou até para predominar - nos grandes centros urbanos, como São Paulo. Embora todos os empreendimentos certificados no Brasil sejam da categoria prata, o País pode terminar o ano com dois selos ouros. Duas edificações - uma no Rio, o Ventura Corporate Towers, e outra em São Paulo - conseguiram uma pré-certificação no segundo melhor nível e devem receber o registro definitivo até o fim deste ano.

O empreendimento paulistano que virou modelo é o Rochaverá, às margens do Rio Pinheiros, na zona sul. Uma das características que contou a favor foi o sistema de reúso da água da chuva. Absorvida nas coberturas das torres e nos ralos em toda a área do empreendimento, ela é encaminhada para um depósito, de onde o líquido é bombeado novamente para a superfície, irrigando os jardins.

Primeira a possuir um selo na América do Sul, a agência do Banco Real de Cotia tem um sistema parecido e reutiliza toda a água da chuva nos vasos sanitários. Ali, 100% do esgoto é tratado e ainda serve para regar os jardins. Além disso, painéis fotovoltaicos garantem o fornecimento de energia - a luz solar é armazenada e utilizada para abastecer os caixas eletrônicos de auto-atendimento.

Para ser considerado um "prédio verde" e conseguir o selo Leed, o empreendimento passa pela avaliação de alguns requisitos, como o uso de iluminação natural, a gestão de perdas e resíduos, as administrações do consumo de água e energia elétrica, o uso de materiais renováveis, a qualidade interna do ambiente e as idéias inovadoras. Após a análise, uma edificação recebe de 0 a 69 pontos, nas categorias ouro, prata e verde - quem satisfaz a partir de 85% das exigências ganha o selo na modalidade Platina. No Brasil, somente três empreendimentos têm o selo Leed, todos na categoria prata: a agência do Real, em Cotia; e em São Paulo o laboratório Delboni Auriemo de Santana e a unidade do Morgan Stanley da Avenida Brigadeiro Faria Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte: Agência Estado, 06/10/2008

É dando que se recebe

Aqui em casa, já adotamos esta postura há um bom tempo. Tudo o que ganhamos ou compramos, como roupas, roupas de banho e cama, são motivo para nos desfazermos de uma peça antiga correspondente.

Com isso, ajudamos a quem precisa, principalmente. Mas, ao mesmo tempo, contribuimos para manter o mesmo nível de ocupação dos nossos armários.

Quando as gavetas começam a ficar muito cheias, impedindo-nos de fechá-las adequadamente ou, ao menos, com uma certa facilidade, apelamos para a teoria e fazemos uma arrumação no armário.

Nas férias, sempre reservamos um tempo para esta arrumação. Posso garantir que não é agradável, mas também não é o fim do mundo. Arrumar os armários dá uma sensação de alívio, pois na maioria das vezes, quando a gente usa muito uma certa peça de roupa, é sinal de que estamos esquecendo de outras tantas e que estamos comprando demais.

E você, quantas vezes arruma o armário no ano?

Deixe a luz entrar em casa

Observar como a luz entra em sua casa é fundamental antes de tomar decisões sobre como utilizá-la. Às vezes, basta mudar o tecido de um estofado, usar uma tinta clara na parede ou alterar a posição dos móveis. O segredo é prestar atenção e pensar em como adaptá-la para aproveitar tudo o que a luminosidade oferece. Porque não há nada mais gostoso que levar para dentro de casa a luz em seu estado mais puro.

Idéias luminosas
  1. Não confunda sol com boa iluminação. A luz direta pode manchar madeira, desbotar as paredes, descorar o tecido dos estofados e enfraquecer suas tramas. Onde bate muito sol, use persianas ou cortinas.
  2. O sol prejudica os eletroeletrônicos. Nunca os deixe expostos à luz direta e evite ambientes muito quentes.
  3. Antes de pintar uma parede com uma cor forte, avalie se o tom escolhido vai escurecer o ambiente. Uma dica: quanto mais claro o espaço, maior ele fica - a claridade dá sensação de amplitude.
  4. Pintar uma porta de branco pode fazer toda a diferença num cômodo, assim como escolher tecidos claros e com poucas estampas para os estofados.
  5. Escadas devem ser bem iluminadas. Além do velho recurso de pintar a alvenaria dos degraus de branco, pode-se colocar um vidro ou janela para deixar a claridade entrar.
  6. Em corredores, quando for possível, coloque um vitrô ou vidro. E opte por paredes claras para distribuir mais a luz nesse espaço.
  7. Dependendo da arquitetura da casa, a lateral de uma fachada pode refletir a luz externa para dentro do imóvel.

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Retirado da matéria "Deixe a luz acesa", por Roberta De Lucca, Revista Vida Simples, Ed. Março 2005.

O blog

Eu tenho lido muitas coisas sobre Responsabilidade Social e Ambiental. Na empresa onde trabalho, fui convidada a integrar um grupo que deveria pesquisar o tema e fornecer informações aos nossos colegas.

Toda essa pesquisa que fiz ficou guardada na gaveta. Eu estava com uma imensa vontade de compartilhá-la com os amigos, mas achava que não cabia postá-la no meu outro blog, nem ficar pedindo aos amigos que já escrevem blogs sobre o assunto para difundí-la.

Então, resolvi criar o "Eco, lógico!", um blog que se sustenta na simples teoria de que não temos mais tempo para agir se não for de uma maneira ecológica, cidadã e usando o conhecimento a favor do nosso Planeta.

Espero que vocês gostem e que encontrem aqui informações úteis para melhorar o seu dia-a-dia como cidadãos.