sábado, 6 de julho de 2013

Gerenciando seu próprio conhecimento - A história de Rodrigo, parte 3

Rodrigo é mesmo um cara de visão. Está aproveitando cada segundo dos três meses de curso. Sempre que pode, se reporta à Betina para contar o que aprendeu, sobre o que refletiu e em quais atividades acha que conseguirá implementar melhorias.

Porém, o mais interessante nesta história toda, é que Rodrigo realmente encara os seus colegas de turma como colegas de trabalho. Nenhum momento do curso é desperdiçado. Ele aproveita para anotar as dúvidas que cada um tem, como os professores encaminham as respostas e, sempre que possível, ele se junta aos colegas para ajudá-los a solucionar essas questões, mudando de grupo a cada aula.

Já pode dizer que estabeleceu com eles um bom relacionamento, e percebe cada vez mais, que eles recorrem a ele quando querem ajuda para refletir sobre algum ponto. Rodrigo sabe que assim, está construindo e solidificando a sua Reputação.

E você, já parou para pensar sobre isso? Sabe o que é Reputação? Nos dicionários, encontramos as seguintes definições:
f.
Ato ou efeito de reputar; opinião, conceito, fama.
Importância social.

(Lat. reputatio)

s.f. Ação ou efeito de reputar.
Conceito obtido por uma pessoa através do público ou da sociedade em que vive: minha reputação sempre chega aos lugares antes de mim.
Possuir renome ou prestígio: era uma mulher de reputação.
Bom ou mau conceito: ter boa ou má reputação.
(Etm. do latim: reputatione)
Construir sua Reputação é o primeiro passo para consolidar uma Rede de Relacionamentos. Mas, cuidado, leva-se muito tempo para ter a Reputação que se deseja, e um segundo para vê-la desmoronar. Uma pessoa, à medida que é observada, deve cuidar de cada passo que dá.

Quando as pessoas têm consciência da Rede de Relacionamentos da qual fazem parte, é muito mais fácil que consigam gerenciá-la do modo que lhe for mais proveitoso. As principais questões que uma rede nos ajuda a responder estão relacionadas ao tipo de conhecimento que temos e de que precisamos. Já dizia o antigo Secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, são vários os tipos de conhecimentos que temos.

"There are known knowns; there are things we know that we know.
There are known unknowns; that is to say, there are things that we now know we don't know.
But there are also unknown unknowns – there are things we do not know we don't know".
- United States Secretary of Defense, Donald Rumsfeld

Eles estão associados a imagem abaixo, que trata do conceito de consciência sobre o conhecimento que temos. A coisa funciona assim...


Quanto mais me aproximo das colunas da direita, mais eu sei o que devo fazer. Se "Sei o que sei", devo aplicar meu conhecimento às tarefas do dia-a-dia, das mais simples às mais complicadas e as execute com certa tranquilidade. Neste ponto, se sei o que fazer, basta que eu queira fazer, o que está relacionado à minha Motivação.

Se eu "Não sei o que sei", vou acabar descobrindo à medida que executo a atividade. E posso chegar à alegre conclusão de que eu já sabia fazer aquilo, e nem tinha me dado conta. É a minha atitude pró-ativa que me conduzirá a descobrir que eu já sabia, só não tinha consciência (Atitude).

Se eu "Sei o que não sei", é fácil, basta buscar ajuda. Mas, para tal, eu preciso ter uma Rede de Relacionamentos, na qual eu tenha mapeado, ainda que tacitamente, quem pode me ajudar com o quê. Ou seja, preciso ter conseguido identificar junto aos meus colegas de trabalho, parceiros ou amigos, quem detêm determinado conhecimento que poderá me se útil no futuro. É preciso então ser hábil para pedir ajuda à pessoa certa na hora certa (Habilidade).

Quando "Não sei o que não sei", o importante é estar bem próximo desta mesma Rede de Relacionamentos. Alguém irá me dizer que "não é assim que se faz", e me ajudar com alguma dica, ou me orientará quanto ao caminho a seguir... Ou seja, preciso ser competente até quando não sei que não sei!

Consegue perceber quantos benefícios podemos ter quanto gerenciamos nossa Rede de Relacionamentos? Vou falar mais sobre disso depois...




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Fontes: 
Dicionário online de Português - http://www.dicio.com.br/reputacao/
Dicionário Web - http://www.dicionarioweb.com.br/reputação/


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Gerenciando seu próprio conhecimento - A história de Rodrigo, parte 2

Rodrigo é um cara de sorte mesmo. Não é todo mundo que consegue um emprego numa empresa que investe em seu Capital Humano (1).  Ele vai ficar três meses estudando, com a anuência de sua gerente, a Betina, que também acha sensacional o fato de ter um Departamento especializado em formar os profissionais que chegam.

Aliás, você sabe o que é Capital Humano? Alguns pesquisadores assim o definiram:

"É o resultado da soma das capacidades, conhecimentos, habilidades e experiências individuais dos colaboradores e gerentes, acrescido da percepção da dinâmica de uma organização inteligente em um ambiente competitivo em mudança, incluindo ainda a criatividade e inovação organizacionais. O capital humano diz respeito a todas as expertises que estão sendo acumuladas na organização e ao seu compartilhamento".- Edvinson e Malone, 1998
"É definido como a capacidade necessária para que os indivíduos ofereçam soluções aos clientes, e torna este capital muito importante, pois ele é a fonte de inovação e renovação da organização. Uma organização repleta de indivíduos inteligentes não necessariamente é uma organização inteligente, porque é preciso que haja sinergia entre o capital humano e os outros capitais que constituem a organização para que o conhecimento possa ser transmitido e compartilhado". - Stewart, 1998

Betina, a gerente, acredita muito que Rodrigo, assim como todos os demais empregados que participarão do curso, chegarão bem melhor preparados para executar suas tarefas e desenvolver seu trabalho, à medida que sofrerão uma aprendizagem acelerada neste período de três meses.

Serão três meses com um colaborador a menos no time, que retornará pronto para executar, criar, inovar, sugerir, e refletir com muito mais propriedade, do que se não tivesse recebido esse "banho de loja". Imagina se ele chegasse e ela pedisse a ele que conhecesse a empresa por meio dos arquivos disponibilizados na intranet? Que tédio, não?

Betina acredita no treinamento, e também no processo de Ambientação, que eu vou te contar depois. Com o conhecimento que será adquirido no curso, ministrado em sua maioria por profissionais da empresa, Rodrigo saberá a quem recorrer em caso de dúvidas, e ainda conhecerá melhor as bases de conhecimento da empresa, do que se estivesse navegando sozinho.

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Referências:

¨EDVINSON, Leif; MALONE, Michael S. Capital Intelectual - Descobrindo o Valor Real de Sua Empresa Pela Identificação de Seus Valores Internos. São Paulo: Makron Books, 1998.
¨STEWART, Thomas A. Capital Intelectual – A nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
 
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Gerenciando seu próprio conhecimento - A história do Rodrigo, parte 1


Tenho andado bastante interessada em contar para as pessoas, de modo bastante simplificado, como se pode fazer a gestão de seu próprio conhecimento. Eu mesma, neste último final de semana, perguntei aos meus alunos se eles faziam as deles, assim, deliberadamente.

O que ouvi deles foi um sonoro NÃO, como se eu estivesse perguntando uma coisa absurda. Para início de conversa, porque afinal participamos de tantas redes sociais, dos mais variados tipos, se não podemos lucrar de alguma forma com elas, nem que seja ampliando nosso próprio conhecimento?

Nos últimos Congressos de Gestão do Conhecimento em que estive, essa foi uma temática bem interessante, as pessoas começam a discutir agora o PKM, ou Personal Knowledge Management, como se isso nunca tivesse sido feito por ninguém de maneira espontânea, ou intuitiva. Mas, ok, não acho ruim que se discuta, ao contrário. Ao menos chama atenção para quem não faz nada com as informações que recebe cotidianamente que elas estão aí para serem usadas,

Existe um filme rolando na Internet, que mostra bem a diferença entre as diversas gerações, e como elas faziam e fazem essa gestão de seu conhecimento pessoal. Olha só, se chama "We all want to be young", e é bem divertido!



We All Want to Be Young (leg) from Box1824 on Vimeo.


E aí, gostou?

Eu vou tentar te contar como eu vejo essa história de gestão do conhecimento pessoal. E vou usar, para tal um personagem, o Rodrigo, que vai estar na minha história em alguns capítulos, ok?

Rodrigo está nas nuvens porque conseguiu esse emprego. É o seu emprego dos sonhos. Batalhou muito para conseguí-lo e vai dar tudo de si para ter a melhor performance nas atividades que lhe foram atribuídas.

Rodrigo sempre foi um cara batalhador e sabe que deve aprender rápido. O segmento do negócio é um pouco complicado, mas antes da entrevista, ele o havia estudado um pouco, consultado as melhores fontes, lido os jornais e revistas de negócios, buscado estabelecer conexões.

Rodrigo é um cara sistemático. Gosta de trabalhar com o apoio de Mapas Mentais. Conhece as ferramentas que podem ser úteis na sua construção, como o Mind Manager, o Free Mind e o CMap Tools, este último gratuito, cuja utilização é bastante simples.

Com os Mapas Mentais, Rodrigo costuma construir relações de hierarquia entre as informações que coleta diariamente, organizando-as em estruturas de conexão, que podem ser facilmente resgatadas no futuro. No mapa abaixo, veja como essa técnica funciona.







Ser sistemático já ajuda bastante o Rodrigo. Mas, não é só. Ao chegar na empresa, depois de conversar com sua gerente, Rodrigo é informado que terá que passar três meses em um treinamento, para conhecer melhor o negócio, entender os processos, verificar as interfaces entre as atividades e, principalmente, conhecer pessoas.

"Ôba", pensou Rodrigo, "vou ter uma chance boa de conhecer pessoas e ampliar minha Rede de Relacionamentos!!!!!". Como se trata de um curso in-company, Rodrigo tem a chance de conhecer as pessoas com as quais provavelmente vai interagir no futuro. Quer oportunidade melhor?

Mas, falar da Rede de Relacionamentos é assunto para um outro post. Até lá!

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Quer saber mais sobre PKM? Consulte a palestra "Personal Knowledge Management", do KM Brasil 2012, neste link, proferida por Luciana Annunziata, Fabiano Morais e Luciano Palma.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Projeto Genesis, do fotógrafo Sebastião Salgado

Eu estava querendo escrever aqui sobre a exposição do fotógrafo Sebastião Salgado que pude ver no Jardim Botânico no final de semana retrasado. Realmente, pode-se dizer que tratam-se de fotografias maravilhosas, um programão.

A exposição é fruto de um trabalho de 10 anos, e foi patrocinada pela empresa brasileira Vale.

Os detalhes podem ser conferidos aqui.


No site dá para se ter uma ideia das imagens, mas nada se compara a vê-las ao vivo!

A minha sugestão é que não se vá no horário de pico, como domingo ao meio-dia, hora em que pais e filhos vão para o Jardim Botânico e a fila que se enfrenta é imensa. Ademais, exposição não é para se ver com lotação esgotada, não é?

Fica até agosto, corre lá!

Ser rico ou feliz? - por Max Gehringer



Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários. 

Lá vai: "Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes.

Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa... Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.


Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.

É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em ser pobre.


Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual!

Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida".

"Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim, ele saberá o valor das coisas, não o seu preço."