O custo do equipamento e da instalação do mesmo nas residências, por suas vez, ainda é muito elevado e o tempo necessário para que se recupere o investimento inicial normalmente é grande também. Ou seja, a menos que se adote uma Política voltada a viabilizar comercialmente esta fonte de energia, os cidadãos, mesmo conscientes dos benefícios, não terão como inserí-la em suas vidas.
Na Alemanha, o consumo de energia solar cresceu 60% em 2011. A estimativa é que, por volta de 2050, já se tenha capacidade de atender a 1/3 da demanda por energia elétrica do país com energia solar. Na Alemanha, o sistema é o smartgrid, também em funcionamento em países como os EUA, a Espanha e o Uruguai. A proposta do smartgrid é simples: uma família que possui painéis solares instalados em casa pode repassar à concessionária de energia a sobra da energia armazenada, ganhando descontos na conta de luz.
Seria ótimo se aqui já fosse assim, né?
O grande incentivo que os governos dão aos consumidores com o smartgrid é a possibilidade de recuperar o investimento em um tempo menor do que apenas com a economia no consumo da energia tradicional.
Nos EUA, a história é outra. Ganha popularidade o aluguel de painéis solares, que são muito caros. Já existem algumas empresas que fazem esse serviço, como acontece aqui no Brasil com empresas de aluguel de tv por assinatura ou filtro de água.
E é bom isso, porque nestas casas, os painéis solares correspondem por 40 a 60% da energia consumida.
A maior usina solar do mundo
Na Espanha, fica a maior usina solar do mundo, na região de Andaluzia. São 600 mil espelhos parabólicos que estão espalhados por uma área equivalente a 210 campos de futebol e formam a Andasol. As três usinas que formam a Andasol, Andasol-1, Andasol-2 e Andasol-3, estão na Comarca de Guadix, e ficam a 1,1 mil metros de altitude, a 50 quilômetros de Granada. Elas foram instaladas neste planalto devido a atmosfera muito mais clara e menos turbulenta que o nível do mar, o que faz com que recebam mais radiação solar, por exemplo, do que toda a Península Arábica. Além disso, o clima garante pelo menos 2.000 horas de luz solar por ano.
Os espelhos destas usinas se movem lentamente ao longo do dia acompanhando a luz solar (o percurso do sol no céu) e aquecem cerca de 30 mil toneladas de sal na sua torre central, mantendo em funcionamento suas turbinas por até 8 horas após o crepúsculo.
Olhem só a grandeza deste projeto...
No Brasil, já existem algumas iniciativas, principalmente no Nordeste. Em breve, escrevei sobre elas aqui.
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Fontes:
1 - RUETHER, Graça Magalhães. A Energia que vem do Deserto. Caderno Planeta Terra, jornal O Globo, 10/jan/2012.
2 - NÓBREGA, Camila. O desafio de famílias para usar energia do sol. Caderno Razão Social, jornal O Globo, 17/jan/2012.
3 - Andasol Solar Power Station. Wikipedia. Encontrado aqui
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